O contacto com os nossos públicos mostra-nos que, no nosso país, boa parte dos cidadãos continua a acreditar que corrupção é algo relacionado com o tráfico de armas e de drogas pesadas ou que está confinada à política e aos políticos. Importa que todos percebam que fazemos escolhas no dia-a-dia e que elas dependem exclusivamente de nós e do nosso livre arbítrio. As nossas ações, mesmo as aparentemente insignificantes, podem ter efeitos muito negativos sobre as sociedades e inevitavelmente sobre nós enquanto indivíduos.
As escolas são organizações do domínio educativo onde podemos impactar os jovens, os professores, os funcionários e até os encarregados de educação e alertá-los para as causas e as consequências da corrupção.
Trabalhamos em parceria com organizações existentes é o caso do Plano Nacional de Leitura e da Rede de Bibliotecas Escolares - Ministério da Educação, que nos permitem chegar a grupos alargados a custos reduzidos, atingindo-se a globalidade da população das comunidades educativas, mesmo quando situadas longe dos centros urbanos.
Os Projetos Educativos do Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC) foram distinguidos como uma boa prática pela OCDE na sua publicação "OCDE Public Sector Integrity" , merecendo mesmo destaque em caixa - com o título "Education for public integrity in Portugal delivered by the anti-corruption authority in Portugal".
O texto explica que, em Portugal, o CPC desenvolveu um conjunto de projetos para estudantes, professores e funcionários das escolas, para os consciencializar para as causas e as consequências da fraude e da corrupção e para consolidar uma estrutura de valores que garanta transparência, honestidade, responsabilidade e integridade.